A fusão e aquisição de companhias podem ser uma grande oportunidade de negócios, especialmente para empreendedores que buscam crescimento rápido e aumento de competitividade.
Contudo, essas decisões precisam ser tomadas com cuidado e planejamento, levando em conta a criação de valor, maximização de retorno e minimização de riscos. A decisão de comprar uma entidade geralmente está vinculada a uma oportunidade de mercado, sinergia entre um negócio existente e outro que tem potencial para ser adquirido, absorção de capital humano ou liderança em uma consolidação de mercado.
Diferença entre Aquisição e Fusão
A aquisição de uma empresa ocorre quando um empreendedor deseja expandir seu negócio e, assim, o faz comprando outra companhia. Isso pode ser uma estratégia mais ágil e, em alguns casos, mais eficaz do que iniciar um negócio do zero. Por outro lado, a fusão ocorre quando ambas as empresas, tanto a adquirente quanto a adquirida, deixam de existir para formar uma terceira empresa, unindo suas operações, ativos e passivos.
Primeiros Passos: Avaliação do Valor da Empresa
O primeiro passo essencial para tomar a decisão de adquirir uma empresa é a avaliação do valor da empresa alvo. É crucial prestar atenção a esse fator, pois, embora a compra de empresas em funcionamento possa parecer mais vantajosa do que investir no crescimento orgânico – ou seja, investir na própria empresa para que ela cresça –, há muitos casos de aquisições em que o valor acaba sendo muito reduzido para o comprador.
Métodos de Avaliação
Para estimar o valor de uma empresa, é preciso utilizar a metodologia do valuation, que pode ser realizada com base em alguns fatores:
1. Análise de Fluxo de Caixa Descontado (DCF): Este método envolve projetar os fluxos de caixa futuros da empresa e descontá-los a uma taxa que reflete o risco do investimento. A soma desses valores descontados dá uma estimativa do valor presente da empresa.
2. Múltiplos de Mercado: Compara a empresa alvo com outras empresas similares que foram recentemente adquiridas ou que estão sendo negociadas publicamente. Os múltiplos comuns incluem P/E (Preço/Lucro), EV/EBITDA (Valor da Empresa/EBITDA) e EV/Sales (Valor da Empresa/Vendas).
3. Valor Patrimonial: Avalia o valor dos ativos tangíveis da empresa, como imóveis, máquinas e estoques, subtraindo os passivos. Este método é mais aplicável a empresas que possuem ativos físicos substanciais.
Critérios de Avaliação
O próximo passo é entender se a empresa que é o alvo da aquisição realmente agregará valor aos negócios atuais do empreendedor. Para isso, há alguns critérios que devem ser analisados antes de se realizar uma proposta de compras. São eles:
– Sinergias Decorrentes da Aquisição: Identificar como a combinação das duas empresas pode gerar valor adicional, seja através da redução de custos, aumento de receitas ou melhoria de eficiência operacional.
– Crescimento do Negócio para Obtenção de Economia de Escala: Avaliar se a aquisição permitirá à empresa adquirente crescer a ponto de obter economias de escala, reduzindo o custo por unidade produzida ou vendida.
– Diversificação Geográfica: Considerar se a aquisição permitirá uma expansão para novos mercados geográficos, aumentando a base de clientes e reduzindo a dependência de um único mercado.
– Redução de Custos: Verificar se a aquisição proporcionará a redução custos através da eliminação de duplicidades, negociação de melhores termos com fornecedores, ou compartilhamento de recursos.
– Consolidação de Mercado: Avaliar se a aquisição será capaz de aumentar sua participação de mercado, reduzir a concorrência e ganhar maior influência no setor.
– Acesso a Ativos: Considerar o valor dos ativos intangíveis e tangíveis da empresa alvo, como capital humano, know-how, patentes e tecnologias.
– Créditos Tributários: Avaliar se a empresa adquirente poderá se beneficiar de créditos tributários ou outras vantagens fiscais que a empresa alvo possui.
– Acesso a Canais de Distribuição ou a um Portfólio de Clientes: Considerar se a aquisição permitirá à empresa acessar novos canais de distribuição ou uma base de clientes estabelecida.
– Redução da Concorrência: Avaliar se a aquisição de um concorrente eliminará ou reduzirá a concorrência, potencialmente resultando em preços mais altos ou margens de lucro maiores.
– Valor Competitivo: Considerar se a aquisição acarretará em vantagens competitiva sustentável, seja através de tecnologia superior, produtos exclusivos ou outros fatores diferenciadores.
– Aquisição de Tecnologias ou Patentes: Verificar se a empresa alvo possui tecnologias ou patentes que podem proporcionar uma vantagem competitiva à empresa adquirente.
– Tempo de Colocação no Mercado (Time to Market): Avaliar se a aquisição permitirá à empresa acelerar o lançamento de novos produtos ou serviços no mercado, ganhando vantagem sobre a concorrência.
Após identificar a empresa alvo e realizar uma avaliação preliminar de valor, o próximo passo é conduzir um processo de due diligence rigoroso. Esse processo envolve uma análise detalhada de todos os aspectos da empresa, incluindo suas finanças, operações, aspectos legais e de conformidade, recursos humanos e tecnologia.
A fusão ou aquisição de uma empresa passa pela avaliação da viabilidade, envolvendo uma análise detalhada do valor da empresa alvo, identificando sinergias potenciais, e considerando uma série de fatores e riscos. Para que essa transação seja feita de forma segura, conte com o auxílio de assessorias especializadas, como a Capital Invest.
Fonte: Capital Invest – uma das melhores Boutiques de M&A do Brasil, especializada na assessoria financeira em fusões e aquisições.